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Saúde alerta para aumento de focos e novas variantes do vírus da dengue

  • SECOM-PMJ -

Os bairros com a maior número de casos de dengue são: Itaum, Petrópolis e Floresta

Desde o início deste ano, a Secretaria da Saúde de Joinville identificou 3960 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Em relação ao número de casos de dengue, foram confirmados 367 e outros 741 estão em investigação. Já no ano passado, entre os meses de janeiro e março, foram 578 casos positivos.

Os bairros com a maior quantidade de casos de dengue são Itaum (114), Petrópolis (87) e Floresta (38). A Secretaria da Saúde considera infestados pelo mosquito os bairros Boa Vista, Jardim Sofia, Fátima, Jarivatuba, Bucarein, Itaum, Guanabara, Floresta, Comasa, Espinheiros, Jardim Iririú e Aventureiro.

 Além do crescente número de focos positivos, a população de Joinville deve estar alerta para outro fator problemático: a existência de duas variantes do vírus da dengue que atualmente circulam no município, além de uma terceira encontrada em outras regiões de Santa Catarina.

 De acordo com o infectologista Luiz Henrique Melo, coordenador médico da Vigilância em Saúde da SES, pessoas que já tiveram dengue e que forem infectadas novamente, podem desenvolver a doença de forma mais grave.

 "Com mais circulação de mosquito, maior a possibilidade das pessoas pegarem a primeira infecção. Já quem foi infectado no ano passado, poderá pegar um novo vírus e fazer a dengue hemorrágica. Esse grupo nos preocupa, pois vai precisar de hospital, em um momento em que estamos concorrendo com a Covid-19 e com o sistema hospitalar sob pressão", alerta.

 Sintomas e atendimento médico

 Embora sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares sejam comuns à Covid-19 e à dengue, quadros de dor atrás dos olhos e erupções cutâneas são mais característicos à doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

 Para casos suspeitos de dengue, a orientação é que o cidadão procure atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), especialmente diante da presença de sinais de alarme em que, no período de efervescência da febre, haja dor abdominal intensa e contínua ou durante a palpação do abdômen, além de vômitos persistentes e sangramento da mucosa.

 "Realizamos ações múltiplas e concatenadas e não devemos esquecer que também temos outras doenças, além da dengue e da Covid-19. Por isso, todos precisam evitar aglomerações, usar máscara, manter o distanciamento social e eliminar possíveis focos do mosquito em suas casas ou, se identificados em locais próximos, avisar a Vigilância Ambiental para fazer o controle", reforça o médico.

Prevenção e combate à dengue

Entre as medidas realizadas pela Vigilância Ambiental de Joinville estão a delimitação de focos, a manutenção de aproximadamente 1,5 mil armadilhas distribuídas em toda a cidade, as visitas quinzenais a cerca de 600 pontos estratégicos considerados locais potenciais para o surgimento de focos, a manutenção de 649 Estações Disseminadoras de Larvicida por meio de um projeto implantado em parceria com a Fiocruz Amazônia, o bloqueio de transmissão em casos de doentes confirmados e a retirada de lixo e entulho de terrenos.

Além do trabalho da Secretaria da Saúde, também cabe à população a responsabilidade de combater a proliferação com medidas simples como eliminar água armazenada em locais que podem se tornar criadouros, tais como vasos de plantas, galões de água, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção e, até mesmo, pequenos recipientes.

 Outra dica para prevenir a doença é usar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, período em que os mosquitos são mais ativos, utilizar repelentes e inseticidas de acordo com as instruções do rótulo, e mosquiteiros para proteger pessoas que dormem durante o dia, como bebês e pacientes acamados.

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